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Como fazer uma boa anamnese odontológica em 7 passos

A execução de uma boa anamnese exige atenção à detalhes que vão além das perguntas feitas. Entenda!

Uma dentista e sua assistente mostrando um tablet a uma paciente sentada na cadeira do consultório.
data

24/7/2023

tempo de leitura

6 minutos

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Anamnese

Ficha de Anamnese

Capim

Fazer uma boa anamnese odontológica pode ser mais simples do que parece, mas é preciso atenção a alguns pontos cruciais. A partir de uma abordagem adequada você pode obter informações que o paciente não teria a iniciativa de mencionar, assim como mostrar o quanto você zela por oferecer um atendimento de qualidade e com segurança.

Por isso, elaboramos um passo a passo para abordar esse assunto com objetividade e clareza, mas também com os detalhes que essa prática merece. Afinal, apenas com uma boa anamnese odontológica, você consegue fornecer um tratamento personalizado e eficaz.

Os 7 passos para uma boa anamnese odontológica

Estes são os 7 passos essenciais para dentistas realizarem uma anamnese completa e adequada:

  1. Estabeleça uma relação de confiança
  2. Faça perguntas abertas e direcionadas
  3. Explore o histórico médico e odontológico
  4. Identifique sintomas e queixas atuais
  5. Avalie os hábitos de higiene bucal e estilo de vida
  6. Realize ou peça exames complementares, se necessário
  7. Registre as informações de forma organizada

Leia também: Anamnese odontológica: o guia completo

1 - Estabeleça uma relação de confiança

Antes de iniciar a anamnese, é fundamental estabelecer uma relação de confiança com o paciente. Seja seguro e passe segurança ao conversar com o paciente, e sempre com muita cordialidade. É isso que o fará se sentir seguro de que está no melhor profissional que poderia ter escolhido e realizando o tratamento adequado. 

Crie um ambiente acolhedor e empático: ouça atentamente suas preocupações, pergunte sobre seus sintomas e demonstre interesse genuíno em sua saúde bucal. Mostre que você está disposto a dedicar tempo para entender suas necessidades e responder a todas as suas perguntas. Isso ajudará a construir um relacionamento de confiança, tornando o paciente mais propenso a compartilhar informações precisas e relevantes.

Mas também fique de olho nesses detalhes:

Abordagem amigável

Cumprimente o paciente com um sorriso caloroso e uma atitude amigável. Mostre-se acessível e deixe que ele perceba sua disposição em ajudar. Evite uma postura autoritária e adote uma abordagem colaborativa, tratando o paciente como um parceiro no cuidado odontológico.

Construa um relacionamento pessoal

Inicie a consulta fazendo perguntas sobre a vida do paciente fora do consultório. Pergunte sobre sua família, trabalho ou hobbies para dar início a um vínculo pessoal que lhe dê mais confiança.

Contudo, tome cuidado com perguntas pessoais muito invasivas. Tato e sensibilidade são bem-vindos neste momento. Observe o comportamento do paciente e se ele se sente confortável com conversas desse tipo. Por exemplo, se perceber que é uma pessoa mais introvertida, pressioná-lo a manter falar ativamente sobre sua vida pessoal certamente não resultará em uma boa experiência para ele.

Ao mesmo tempo que você deve sentir quando não ultrapassar a barreira em que o paciente se sente confortável em falar de sua vida pessoal, tome cuidado para não desviar muito do objetivo final: conhecer as importantes informações de saúde do paciente. Da mesma maneira que existem pacientes que são retraídos e não gostam de falar muito de suas coisas pessoais, existem aqueles que se empolgam e desviam a conversa, podendo estender demais a consulta, com informações irrelevantes.

Seja transparente

Explique ao paciente o que você está fazendo durante o exame ou tratamento. Informe-o sobre o diagnóstico, os procedimentos e os possíveis resultados. Desta forma, você elimina incertezas e agrega firmeza em sua expertise e na escolha do tratamento.

Demonstre competência e profissionalismo

Mostre ao paciente que você é um profissional qualificado e experiente. Atualize-se constantemente sobre as melhores práticas odontológicas, demonstre habilidades técnicas sólidas e mantenha-se atualizado com as últimas pesquisas e avanços em odontologia.

Atualizar-se sobre práticas de comunicação interpessoal (as famosas soft skills), como oratória e comunicação não violenta! Você pode encontrar cursos e materiais, inclusive gratuitos, pesquisando por plataformas na internet, como a Udemy.

Respeite a privacidade

Garanta a confidencialidade das informações pessoais e de saúde do paciente. Explique que todos os dados compartilhados serão mantidos em sigilo e só serão usados para fins relacionados ao tratamento odontológico.

Leia também: Os 7 erros mais comuns na anamnese odontológica

2 - Faça perguntas abertas e direcionadas

Durante a anamnese, utilize uma combinação de perguntas abertas e direcionadas. Perguntas abertas encorajam o paciente a fornecer informações mais detalhadas e abrangentes, enquanto perguntas direcionadas podem te trazer informações específicas e precisas.

Por exemplo, você pode questionar quais são as principais preocupações dele em relação à saúde bucal e o que ele espera alcançar com o tratamento odontológico. Já nas perguntas direcionadas, você consegue ficar sabendo se ele tem alguma dor específica na região dos dentes ou gengivas, com que frequência escova os dentes, se já teve reação alérgica a algum medicamento ou material odontológico etc.

Variar o estilo das perguntas permite obter uma compreensão completa do histórico médico, odontológico, sintomas atuais, preocupações estéticas e expectativas do paciente.

3 - Explore o histórico médico e odontológico

Aprofunde-se no histórico médico do paciente, questionando sobre condições pré-existentes, alergias, medicações em uso, cirurgias anteriores e qualquer outro fator que possa afetar o tratamento odontológico. 

Além disso, investigue o histórico odontológico, incluindo tratamentos realizados anteriormente, complicações, experiências com anestesia e outras informações relevantes. Um formulário de anamnese pode te ajudar a definir melhor as perguntas para fazer um levantamento completo do paciente.

Leia também: Conheça os 3 tipos de anamnese odontológica

4 - Identifique sintomas e queixas atuais

Dedique um tempo para explorar os sintomas atuais do paciente, como dor, sensibilidade, sangramento gengival ou qualquer outra queixa específica. Isso porque, por vezes, se perguntar apenas quantas vezes ao dia ele escova os dentes, ele pode não relatar que quando escova, sua gengiva sangra.

Pergunte ao paciente esses detalhes e peça que descreva a duração desse sintoma, quando iniciou e qual é a intensidade da dor – aqui você pode pedir para ele elencar em uma escala de 1 a 10. Tente também verificar os possíveis fatores desencadeantes dos sintomas. 

Pode parecer que tudo isso vai te tomar tempo, mas essas informações ajudarão a direcionar o diagnóstico e a estabelecer um plano de tratamento mais assertivo e eficiente, inclusive superando as expectativas do seu paciente. Quer coisa melhor?

5 - Avalie os hábitos de higiene bucal e estilo de vida

Investigue os hábitos de higiene bucal do paciente, incluindo frequência de escovação, uso de fio dental, enxaguante bucal e outras práticas relacionadas. Além disso, faça perguntas sobre estilo de vida, como tabagismo, consumo excessivo de bebidas açucaradas e dieta pouco saudável. 

Essas informações são importantes para identificar fatores de risco e fornecer orientações personalizadas de prevenção e cuidados bucais.

6 - Realize exames complementares, se necessário

Durante a anamnese, pode ser necessário solicitar exames complementares, como radiografias, tomografias, ressonâncias magnéticas, fotografias intraorais, moldagens ou exames de sangue. Esses exames ajudam a obter informações mais precisas sobre a saúde bucal do paciente, auxiliando no diagnóstico e no planejamento do tratamento. 

Avalie a necessidade desses pedidos com base nas informações obtidas durante a anamnese. Antes de fechar o diagnóstico, já explique a importância dos exames e encaminhe para realizá-los, se necessário.

7 - Registre as informações de forma organizada

Após a conclusão da anamnese, é importante registrar todas as informações obtidas de maneira organizada. Por meio de um software, como o da Capim, você consegue manter essas informações sempre atualizadas e seguras em um histórico completo do paciente com ficha clínica, orçamentos e pagamentos.

Ao realizar a anamnese de forma digital, você também tem a liberdade de personalizar seus formulários, criando modelos e dispensando a necessidade de imprimir uma nova pilha de fichas sempre que quiser fazer uma pequena alteração.

Com o software da Capim, você pode cadastrar pacientes de forma ágil e intuitiva e ter acesso fácil a todos os dados de cadastro, bem como ao histórico completo de consultas e tratamentos.

Nosso software foi pensado para simplificar a sua rotina: gestão da clínica, financeiro e informações de pacientes ficam integrados em uma única plataforma para que você acompanhe tudo de perto. E quando quiser imprimir, tá na mão!

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