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Ortodontia: tudo sobre aparelhos ortodônticos e seus cuidados

Entenda a importância dos cuidados ortodônticos na saúde bucal.

Uma pessoa sorrindo mostrando aparelho ortodôntico
data

5/12/2024

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6 min

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Saúde Bucal

Aparelho ortodôntico

Ortodontia

Especialidades

A ortodontia é uma especialidade da odontologia que se concentra no estudo, prevenção e correção de alterações no alinhamento dos dentes e na relação entre as arcadas dentárias. Dentes desalinhados não afetam apenas a estética do sorriso, mas também podem dificultar a higiene bucal, aumentando o risco de cáries, doenças gengivais e disfunções na Articulação Temporomandibular (ATM). Além disso, anomalias orais podem prejudicar funções essenciais como a fala, a deglutição e a respiração, além de comprometer a simetria facial.

Essa área oferece três principais abordagens de tratamento: preventiva, que busca evitar problemas antes de se manifestarem; interceptativa, que controla alterações em estágios iniciais; e corretiva, voltada para corrigir problemas já instalados. Os procedimentos incluem desde aparelhos ortodônticos tradicionais até técnicas modernas, como alinhadores invisíveis. A ortodontia vai além da estética, promovendo saúde bucal, funcionalidade e maior confiança para os pacientes.

Neste artigo, você vai conhecer melhor como funciona a ortodontia, os tipos de tratamento disponíveis e os benefícios que ela pode trazer para sua saúde. Continue lendo e descubra mais!

O que é a Ortodontia?

A Ortodontia é uma especialidade da odontologia voltada para o diagnóstico, prevenção e tratamento de irregularidades nos dentes e na estrutura óssea da face.

O seu principal objetivo é corrigir o alinhamento dental e a relação entre os ossos maxilares, promovendo uma mordida funcional, uma melhor estética e, consequentemente, a saúde bucal e geral do paciente — o que é de extrema importância. 

Os tratamentos ortodônticos fazem uso de aparelhos fixos ou móveis, que podem ser metálicos, estéticos ou alinhadores invisíveis, dependendo da necessidade de cada caso. 

Além de corrigir problemas como dentes tortos, diastemas (espaços entre os dentes) ou apinhados, a Ortodontia também ajuda a tratar disfunções como a má oclusão, que pode impactar a fala, mastigação, respiração e causar bruxismo.

Como é a formação em Ortodontia?

Para se tornar um Ortodontista, é necessário seguir alguns passos envolvendo, formação acadêmica, especialização e, em alguns casos, certificações específicas:

Graduação em Odontologia

Primeiramente, é primeiro cursar e concluir uma graduação em Odontologia (que dura em média 5 anos). Durante o curso, o estudante adquire conhecimentos teóricos e práticos sobre saúde bucal, anatomia, fisiologia e diversas áreas da odontologia.

Registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO)

Após a graduação, é obrigatório registrar-se no CRO do estado em que pretende atuar para obter a licença profissional como cirurgião-dentista. 

Especialização em Ortodontia

Precisa ingressar em um curso de especialização em Ortodontia, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

A especialização dura em média de 2 a 3 anos, e aborda temas como diagnóstico ortodôntico, biomecânica, uso de aparelhos fixos e alinhadores.

Essa especialização custa em torno de R$40.000,00 ao todo, podendo variar à cada instituição que oferece essa especialização.

Atualização profissional

Essa área está em constante evolução tecnológica, por isso é importante participar de cursos de atualização, congressos e eventos científicos para aprender novas técnicas e acompanhar as tendências da área.

Possível certificação em técnicas específicas

Para trabalhar com alguns sistemas, como alinhadores invisíveis, pode ser necessário fazer treinamentos ou obter certificações específicas.

Prática profissional

Após a especialização, o Ortodontista pode abrir seu próprio consultório, trabalhar em clínicas odontológicas ou atuar em ambientes acadêmicos e de pesquisa.

Habilidades importantes para um Ortodontista

  • Boa comunicação para interagir com pacientes.
  • Precisão e habilidade manual para trabalhar com aparelhos ortodônticos.
  • Capacidade de análise para planejar tratamentos individualizados.

💡 Dica: A dedicação e a busca por aperfeiçoamento constante são fundamentais para o sucesso na carreira de Ortodontista. Investir em curso e estar sempre atualizado é de extrema importância, acompanhe também trabalhos de colegas nas redes sociais e troquem informações. 

O que considerar na hora de escolher seu Ortodontista?

Escolher um ortodontista é uma decisão importante que pode impactar diretamente a sua saúde bucal e o sucesso do tratamento. Para tomar a melhor escolha, considere os seguintes pontos:

  • Qualificação e Experiência
  • Métodos de Tratamento Oferecidos
  • Avaliações e Indicações
  • Clareza na Comunicação
  • Infraestrutura e Tecnologia
  • Custo e Condições de Pagamento
  • Empatia e Relacionamento

Escolher o ortodontista certo é o primeiro passo para alcançar um sorriso saudável e harmonioso. Não hesite em marcar uma consulta inicial para avaliar se o profissional atende às suas expectativas.

Sempre observar bem antes de fazer a escolha , pois da competência técnica, o ortodontista deve demonstrar empatia e cuidado com o paciente, garantindo que você se sinta acolhido durante todo o tratamento.

Conheça os 3 tipos de Ortodontia

Ortodontia preventiva

A ortodontia preventiva é uma abordagem voltada para evitar o desenvolvimento de problemas relacionados ao alinhamento dos dentes e à relação entre as arcadas dentárias.

Seu objetivo principal é intervir precocemente para corrigir fatores que possam prejudicar o desenvolvimento da mordida e da dentição, especialmente em crianças, enquanto os dentes e ossos ainda estão em formação, essencial para construir uma base sólida para a saúde bucal ao longo da vida.


Esse tipo de tratamento geralmente é recomendado durante a infância, entre os 6 e 12 anos, período em que ocorre a troca dos dentes de leite pelos permanentes. No entanto, adultos também podem se beneficiar em algumas situações específicas.

Ortodontia interceptiva

A ortodontia interceptiva é uma abordagem destinada a tratar problemas dentários ou esqueléticos em estágio inicial, quando ainda estão em desenvolvimento. O objetivo é corrigir ou minimizar alterações que possam comprometer a saúde bucal, a funcionalidade e a estética no futuro, evitando tratamentos mais invasivos ou prolongados.

Esse tipo de tratamento é indicado principalmente durante a infância, por volta dos 7 a 12 anos, quando os dentes permanentes começam a surgir e os ossos da face ainda estão em formação. Nessa fase, é possível redirecionar o crescimento das estruturas faciais e dentárias de maneira eficaz. É um investimento na saúde bucal a longo prazo.

Ortodontia corretiva

A ortodontia corretiva é um tipo de tratamento ortodôntico voltado para corrigir problemas de alinhamento dentário, má oclusão (desalinhamento da mordida) e disfunções nos dentes e ossos faciais que afetam a estética e/ou a funcionalidade do sorriso.

Esse tipo de tratamento é indicado para corrigir situações que surgem após a erupção completa dos dentes permanentes ou em adultos, sendo mais comum em casos que requerem intervenções para melhorar a posição dos dentes ou da arcada dentária.

Quais os riscos de não fazer um tratamento ortodôntico?

Não realizar o tratamento ortodôntico quando necessário pode acarretar diversos riscos para a saúde bucal e geral. Pode-se exibir problemas que vão além da estética, impactando funções importantes, como a mastigação, a fala e até mesmo a respiração.

Confira os principais riscos:

Problemas na mastigação

A má oclusão (alinhamento incorreto da mordida) pode dificultar a mastigação, levando a uma sobrecarga nos dentes e músculos da mandíbula. Além disso, mastigar inadequadamente pode causar má digestão, já que os alimentos não são triturados corretamente.

Aumento do risco de cáries e doenças gengivais

Dentes desalinhados dificultam a limpeza adequada, facilitando o acúmulo de placa bacteriana. Isso pode levar ao surgimento de cáries, gengivite e, em casos mais graves, periodontite (infecção que pode causar perda dos dentes).

Desgaste excessivo dos dentes

A má oclusão pode fazer com que alguns dentes sofram desgaste excessivo devido ao contato incorreto entre eles. Esse desgaste pode enfraquecer os dentes e aumentar a sensibilidade dentária.

Problemas na Articulação Temporomandibular (ATM)

O desalinhamento dental pode causar tensões na ATM (Disfunções na Articulação Temporomandibular), resultando em dores na mandíbula, estalos, dificuldades para abrir e fechar a boca e até dores de cabeça frequentes.

Alterações na fala

Dentes desalinhados ou mordidas incorretas podem interferir na pronúncia de palavras, especialmente em crianças em fase de desenvolvimento. Consequentemente, isso pode incorrer em atritos nas relações profissionais e interpessoais dos indivíduos.

Perda de dentes

Dentes tortos ou apinhados podem criar pontos de pressão que aumentam o risco de mobilidade e, eventualmente, perda dos dentes.

Problemas respiratórios

Algumas condições, como mordida aberta ou alterações ósseas, podem estar associadas à respiração oral. Isso pode levar a apneia do sono, ronco e alterações na oxigenação do organismo.

Prejuízos estéticos e baixa autoestima

Dentes desalinhados ou mordidas incorretas podem comprometer o sorriso e causar desconforto em situações sociais, impactando a confiança e a autoestima.

Impacto no crescimento facial em crianças

Em crianças, a falta de tratamento pode levar a alterações no crescimento ósseo, resultando em assimetrias faciais e problemas funcionais mais graves no futuro.

Complicações sistêmicas

Problemas bucais, como periodontite, podem levar bactérias à corrente sanguínea, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e outras condições sistêmicas.

💡 Dica: Adiar ou evitar o tratamento ortodôntico pode agravar os problemas existentes, tornando os futuros tratamentos mais complexos e caros. Consultar um Ortodontista é essencial para garantir a saúde bucal e prevenir complicações mais sérias.

Tratamentos que Ortodontistas podem oferecer 

Ortodontistas são responsáveis por uma ampla gama de tratamentos que corrigem problemas relacionados ao alinhamento dos dentes.

Os principais tratamentos realizados por eles incluem:

Correção de dentes desalinhados

Tratamento dos dentes tortos, espaçados ou apinhados para melhorar a estética e a mastigação.

Muitas vezes o paciente opta por tratar com os aparelhos ortodônticos, mas em alguns casos como por exemplo o diatema o paciente opta por permanecer com ele ou colocar facetas.

Tratamento de má oclusão

A má oclusão pode ser por mordida cruzada, quando os dentes superiores ficam por dentro dos inferiores, mordida aberta quando se tem falta de contato entre os dentes superiores e inferiores ao fechar a boca, mordida profunda, quando os dentes superiores cobrem excessivamente os inferiores e a mordida desalinhada quando o paciente tem desajustes na relação entre os arcos dentários.

Nos tratamentos para oclusão geralmente são utilizados aparelhos fixos. 

Expansão maxilar

É um procedimento utilizado para corrigir um palato (céu da boca) estreito ou desalinhamento entre as arcadas dentárias superior e inferior. É frequentemente indicada para tratar problemas como mordida cruzada, apneia do sono, falta de espaço para os dentes e dificuldades respiratórias causadas por obstrução nasal. 

Essa condição pode ser consequência de fatores genéticos ou hábitos como o uso prolongado de chupeta e respiração bucal. A expansão é mais eficaz em crianças e adolescentes, pois a estrutura óssea ainda está em desenvolvimento, mas também pode ser realizada em adultos com técnicas avançadas.

O tratamento geralmente envolve o uso de um aparelho expansor fixado no palato, que é ajustado gradualmente para separar os ossos maxilares e aumentar a largura do arco dentário. Em adultos, pode ser necessária uma abordagem combinada com cirurgia (Expansão Cirúrgica Assistida da Maxila) para alcançar resultados satisfatórios. 

Correção de problemas funcionais

A correção da respiração oral e das dificuldades de mastigação ou fala envolve identificar e tratar as causas subjacentes desses problemas, que muitas vezes estão interligados. A respiração bucal pode ser causada por obstruções nas vias aéreas, como desvio de septo, aumento das amígdalas ou adenoides, ou mesmo hábitos adquiridos. 

Esse tipo de respiração pode levar a alterações no desenvolvimento da face, do palato e na posição da língua, resultando em dificuldades para mastigar ou articular palavras corretamente.

O tratamento é multidisciplinar e pode incluir:

  • Terapia fonoaudiológica
  • Tratamento ortodôntico
  • Intervenção médica com cirurgias para remoção de obstruções
  • Mudança de hábitos como exercícios de respiração e estímulo à respiração nasal 

Tratamento de disfunções da ATM e DTM

O tratamento da disfunção temporomandibular (DTM), que afeta a articulação temporomandibular (ATM), depende da gravidade e das causas subjacentes do problema. A DTM pode resultar de fatores como estresse, bruxismo, desalinhamento dentário, trauma ou doenças articulares. 

Os principais sintomas incluem dor na mandíbula, dificuldade para mastigar, estalos ou travamento ao abrir a boca, e dores de cabeça ou na região do rosto.

Algumas opções de tratamentos são:  tratamento conservador e não-Invasivo como fisioterapia e placas miorrelaxantes, tratamentos com aparelhos ortodonticos, e em casos mais complicados a cirurgia.

Dica: O acompanhamento com especialistas, como dentistas, fisioterapeutas, otorrinolaringologistas e, em alguns casos, cirurgiões bucomaxilofaciais, é essencial para um tratamento eficaz e personalizado.

Acompanhamento do crescimento facial 

Nos casos de pacientes jovens, os Ortodontistas monitoram o desenvolvimento da face e dos ossos maxilares, muitas vezes em conjunto com cirurgiões bucomaxilofaciais.

Tratamento de espaçamento dentário

Correção de diastemas (espaços entre os dentes) para melhorar a estética e a saúde bucal.

Para essa correção podem ser feitas facetas, colocação de aparelho ou apenas a correção com resina para fechar o espaço.

Preparação para cirurgia ortognática

Alinhamento prévio dos dentes para facilitar procedimentos cirúrgicos destinados a corrigir deformidades ósseas.

O uso do aparelho fixo pode ser o início dessa preparação, essa  Cirurgia Ortognática é um meio mais rápido para tratamentos mais complexos, mas precisa de cuidados anteriores para melhor resolução do tratamento. 

Contenção e manutenção pós-tratamento

Uso de contenções fixas ou móveis para manter os resultados obtidos após o tratamento ortodôntico.Esses tratamentos são personalizados, e levam em conta as necessidades específicas de cada paciente, como sua idade, condições dentárias e ósseas.

Um paciente que não tem os cuidados necessários no pós-tratamento pode perder toda a evolução que foi feita, tendo que retomar o tratamento desde o início para obter resultado novamente. 

Quais são as etapas de um tratamento ortodôntico?

O tratamento ortodôntico segue uma sequência de etapas bem definidas, que garantem um planejamento adequado e a eficácia no resultado final. As principais etapas são:

Avaliação inicial e diagnóstico

O ponto de partida é uma consulta inicial, em que o Ortodontista realiza um exame clínico da boca, dentes e mordida. Além disso, eles podem solicitar exames complementares, como:

  • Radiografias (panorâmica e telerradiografia).
  • Fotografias intra e extraorais.
  • Modelos de gesso ou digitais da arcada dentária.
  • Plano de tratamento: Com base nos dados coletados, o Ortodontista desenvolve um plano personalizado, explicando os objetivos, o tipo de aparelho indicado e a duração estimada do tratamento.

Preparação para o tratamento

O profissional pode realizar outros tipos de procedimentos a fim de melhorar a higiene e saúde bucal antes de colocar o aparelho:

  • Tratamento de cáries.
  • Profilaxia (limpeza profissional).
  • Tratamento de doenças gengivais, se necessário.
  • Extrações ou outros procedimentos: Em alguns casos, pode ser necessário extrair dentes ou realizar desgastes interproximais para criar espaço na arcada.

Instalação do aparelho ortodôntico

Essa é a etapa de instalação, momento que já foram feitos todos os exames, tem entendimento de tudo que precisa ser ajustado e fazer a escolha do tipo de aparelho para instalar e iniciar o tratamento,

Esse momento da instalação é importante pois vão começar as mudanças, então fazer uma escolha segura faz toda diferença, é preciso tirar todas as dúvidas sobre o aparelho escolhido para o tratamento pois sabendo tudo fica mais fácil a adaptação pós colocação. 

Acompanhamento e ajustes

Depois de instalado o aparelho, é necessário realizar consultas periódicas de acompanhamento muitas vezes mensalmente para ajustar os fios do aparelho fixo ou trocar elásticos, avaliar o progresso no alinhamento dos dentes, quando usa aparelhos invisíveis fazer a substituição dos alinhadores conforme o cronograma.

Durante esta etapa, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações do Ortodontista para garantir o sucesso do tratamento.

Finalização do tratamento

A etapa de finalização do tratamento ortodôntico é crucial para garantir que todos os objetivos do planejamento inicial tenham sido alcançados com precisão. Neste momento, ocorre:

  • Ajuste fino: correção de pequenos detalhes para alinhar perfeitamente os dentes e ajustar a mordida.
  • Remoção do aparelho: Após atingir os objetivos, o aparelho fixo é retirado, e os dentes são polidos para remover resíduos de cola.
  • Documentação final: Novas radiografias e fotos são feitas para registrar o resultado.

Fase de contenção

Após a remoção do aparelho, inicia-se a fase de manutenção para evitar que os dentes voltem à posição original:

  • Instalação de aparelhos de contenção: contenção móvel (placas removíveis) ou fixa (fio colado na parte interna dos dentes).
  • Acompanhamento: Consultas regulares para verificar se os resultados estão sendo mantidos.

Manutenção e cuidados de longo prazo

Para a manutenção dos resultados e evitar que novos problemas surjam, os cuidados de um tratamento ortodôntico não acabam com a remoção do aparelho e instalação da contenção. 

Os cuidados com a saúde bucal são um plano contínuo e de longo prazo, como:

  • Uso correto da contenção pelo período indicado (geralmente de 1 a 2 anos ou mais).
  • Boa higiene bucal para prevenir problemas, como cáries ou doenças gengivais após o tratamento.

Duração de um tratamento ortodôntico

O tempo total varia de acordo com a complexidade do caso, podendo ser de 6 meses a 3 anos, seguido da fase de contenção. O comprometimento do paciente também influencia diretamente nos resultados.

💡Dica: Dentista, invista tempo na educação dos seus pacientes, ensine-os sobre o riscos de não realizarem ou não se comprometerem com os cuidados propostos, mostre os cuidados adequados para se ter em casa e a importância da constância nas visitas de manutenção. 

Tipos de aparelhos ortodônticos

Os aparelhos dentais estão no centro dos tratamentos ortodônticos e existem diferentes tipos, classificados de acordo com a finalidade, o material utilizado e o método de correção.

Abaixo estão os principais tipos:

Aparelhos fixos

São os mais comuns e indicados para corrigir desalinhamentos dentários e problemas de mordida. 

É o aparelho metálico tradicional, composto por brackets metálicos, fios e elásticos. Ele é também o mais acessível em termos de custo. Dentre eles, existem diferentes modelos: 

  • Aparelho Estético: os brackets feitos de porcelana ou safira, com aparência mais discreta, funciona de maneira semelhante ao metálico, mas é menos visível.

  • Aparelho Autoligado: dispensa o uso de borrachinhas (elásticos), utiliza um sistema de clipes para segurar o arco, é menos desconfortável e pode acelerar o tratamento.

  • Aparelho Lingual: os brackets são fixados na parte interna dos dentes, tornando-o invisível ao sorrir, é indicado para quem busca discrição, mas pode ser menos confortável

Aparelhos removíveis

São os que podem ser retirados pelo paciente na hora das refeições e higienização dos dentes. Normalmente, são usados em casos mais simples ou como manutenção pós-tratamento.

Dentre eles, existem os seguintes modelos:

  • Alinhadores Invisíveis: são placas transparentes moldadas sob medida, discretas, removíveis e confortáveis. Indicados para correções leves a moderadas.

  • Aparelhos Funcionais: ajudam a corrigir problemas ósseos e musculares, especialmente em crianças. Atuam redirecionando o crescimento dos maxilares.

  • Placas de Contenção: usadas após o tratamento ortodôntico para manter o posicionamento dos dentes, podem ser móveis ou fixas.

Aparelhos expansores

Indicados para corrigir o tamanho do arco dentário, geralmente em crianças e adolescentes. Os diferentes tipo podem ser classificados como:

  • Expansor Palatino: dispositivo fixo usado para aumentar a largura do arco superior, comum no tratamento de mordidas cruzadas.

  • Aparelhos Extraorais: dispositivos externos usados em casos específicos, como problemas severos de crescimento ósseo.

  • Aparelho de Tração Extraoral (Freio de Burro): ajuda a redirecionar o crescimento ósseo do maxilar, normalmente utilizado em crianças e adolescentes.
  • Máscara Facial: Usada para corrigir discrepâncias no crescimento do maxilar superior.

Aparelhos ortopédicos

Indicados para crianças e adolescentes em fase de crescimento, ajudando na correção de problemas ósseos.

  • Bionator ou Frankel: Estimulam o crescimento correto das arcadas e promovem o equilíbrio muscular.

Aparelhos funcionais miofuncionais

São indicados para corrigir hábitos, como respiração bucal ou sucção prolongada. Auxiliam no alinhamento e na correção de hábitos bucais em crianças.

Cada tipo de aparelho é indicado conforme a necessidade de tratamento, idade do paciente e preferências estéticas. O Ortodontista avaliará o caso para recomendar a melhor opção.

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